terça-feira, 1 de outubro de 2013

O sócio que nenhum empresário quer ter.

Antes de se aventurar como esteticista, minha aluna trabalhava em um escritório de médio porte no Rio de Janeiro. Como desejava mudar de emprego, decidiu pesquisar melhor pela área de estética e iniciou um curso tecnólogo. Logo no início, cerca de uns 5 anos atrás, a recem formada em esteticista chegava a lucrar em média R$ 4.000,00 por mês atendendo 150 clientes. Um bom resultado para quem estava começado.

Mas pouco tempo depois o setor começou a ganhar mais profissionais e, com a precaria fiscalização dos órgãos competentes, qualquer pessoa abria sua "clínica de estética". Na mesma época, começou a crescer também o mercado para sites de compra coletiva. E assim iniciou o relacionamento com estes sites na expectativa de conseguir novos clientes.

Porém o grande problema é que os sites de compra coletiva é um sócio que quer trabalhar pouco e lucrar muito. No mínimo, 50% do valor pago pelo serviço é do site. Mas atenção, para se destacar neste tipo de site, os empresários precisam oferecer um ótimo serviço por um preço mínimo, pois é isso que os pechincheiros que visitam o site esperam encontrar. Sendo assim, o valor cobrado pelo produto/serviço é apenas simbólico, e como 50% já fica com o sócio (que apenas publicou o seu anúncio) o valor que sobra não cobre nem os gastos com o material.

E aí... que para sair com um prejuízo menor nesta negociação, o empresário começa a adicionar água nos produtos para render, utiliza produtos de baixa qualidade para pagar menos e oferece um serviço inferior. Nesta fase, a aluna, chegou a confirmar que conseguia lucrar apenas R$ 5,00 por paciente.

Mas por qual motivo ainda utilizamos os sites de compra coletiva?
Fazer publicidade no Brasil ainda é muito caro, sendo privilégio apenas para as grandes empresas. Por este motivo as pequenas e médias empresas encontram nos sites de compras coletivas a oportunidade para:

- Divulgar a marca;
- Atingir um público diverso;
- Ganhar novos clientes.

Comparando, sai mais barato ter o site de compras como sócio do que investir em uma determinada campanha publicitária.

Como subtituir a propaganda nestes tipos de site?
Não podemos esquecer que os sites de compras coletivas foi uma febre e que poucos conseguiram continuar na área, como exemplo temos o Grupon que hoje está presente em mais de 26 países.

A febre atualmente é o famoso Facebook, que de forma gratuita sua empresa consegue chegar em milhares de pessoas. Não só o Facebook, mas todas as redes sociais permite esse contato com o mercado de forma gratuita e autodidata.

Além das modernas redes sociais, há as propagandas em jornal de bairro, o cartão fidelidade, dias da semana com descontos e o boca a boca que ainda são formas eficientes de adquirir novos clientes sem ter os sites de desconto como sócio.

Enfim, antes de iniciar uma campanha é necessário avaliar todas as oportunidades. É preciso se avaliar quanto de retorno se espera com cada campanha.

Ligia Galvão

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