quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Feliz 2015

E para a maioria dos brasileiros o ano começa apenas após o Carnaval. E para os mesmos, más notícias: o ano começou há mais de um mês e muito frenético. "Camarão que dorme a onda leva".

Se você faz parte do grupo que acredita que o ano só começa após o Carnaval, é melhor correr. O mercado já está trabalhando ferozmente para manter a cabeça fora d'água. Com a expectativa de uma economia instável e mudanças que a Presidenta Dilma Rousseff anunciou no incício deste ano, dá para afirmar que o ano de 2015 será muito desafiador.

O ano começa com a triste notícia da consequência de corrupção e uma má gestão da empresa que até então era a número um do Brasil. Rapidamente a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) começou a mostrar índices em queda das ações da Petrobras. Para tentar frear a descida ladeira abaixo da Petrobras, a Presidenta do Brasil anunciou a saída de Graça Foster à frente da empresa e sua substituição por Aldemir Bendine (ex-Presidente do Banco do Brasil). Mas não resultou positivamente no mercado. De uma forma geral as empresas estão temerosas com os investimentos realizados em nossas terras, e uma grande dúvida no ar fica: se a gestão da petrobras é assim, imagina das demais?

Uma postagem vale mais do que mil palavras:

Em terra onde o PIB não cresce, a solução é cortar gastos e fazer com que a população pague a conta no final. Como? aumentando as tarifas e impostos. O brasileiro vai ter que trabalhar muito para produzir o mínimo. Se o PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, então as empresas no Brasil não esperam crescer durante o ano de 2015.

Conversando com alguns amigos da Indústria Farmacêutica, a regra das empresas deste segmento em 2015 será cortar gastos e vender o máximo possível. Nenhuma delas pretende apresentar crescimento em relação ao ano anterior. 

Para piorar as notícias, o governo tirou um grande peso de suas costas e transferiu para as empresas. No início do ano o governo, que durante a campanha de reeleição afirmou que não iria mexer no direito dos trabalhadores, anunciou medidas de mudança do FGTS. Uma das medidas é o aumento do prazo de afastamento pago pelas empresas antes do início do pagamento do auxílio-doença pelo INSS de 15 para 30 dias para os empregados. É mais um peso que as empresas terão de carregar durante o ano, assim o Governo alivia os quilos extras que a população afastada pelo INSS faz.

Perante tudo isso, ainda temos que enfrentar a crise hídrica. Que até então parecia atingir apenas a região de São Paulo, mas logo se mostrou uma realidade nacional. Colocando uma lupa sobre o problema foi detectado que o Brasil perde 37% de sua água pelos registros defeituosos, tubos rachados, vazamento em hidrantes e perda por ligações irregulares (o famoso "gato").* Ou seja, má gestão dos recursos.
E a conta vai direto para a casa do consumidor através do aumento das tarifas e para as empresas que precisam encontrar soluções para que sua produção não seja afetada com a falta de água.

Mas as notícias ruins não acabam por aí, a cada dia o empresário brasileiro se assusta ao ler o jornal. A economia está muito instável para se prever o que vai acontecer até o final do ano. E você que acredita que o ano só começa após o Carnaval, corre!!!! Você está há mais de 45 dias atrasado.

Ligia Galvão

* Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento/Ministério das Cidades, Organização Mundial da Saúde e Sabesp.

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