Quem me conhece sabe o quanto estou feliz com os protestos que estão ocorrendo nas principais cidades brasileiras, embora muito atrasado. Mas, é como dizem: “Antes tarde do que nunca”.
Porém sinto falta de um grupo muito importante neste momento em que o Brasil está vivendo. É a classe de empresários! Já vi alguns solitários que estavam no meio da multidão e se igualavam com os gritos da sociedade.
Não estou falando de grandes companhias que estão lucrando com o superfaturamento da reestruturação do Brasil neste momento de Copa e Olimpíadas. Deste tipo de empresa temos como exemplo a Delta que já apareceu em vários escândalos políticos. Não é destas que sinto falta durante os protestos.
Falo das pequenas e médias empresas que são formadas por brasileiros que acreditam no Brasil e movimentam a economia. Das empresas geradoras de emprego para cerca de 75% da população brasileira.
Estes empresários não percebem que eles sustentam sozinhos grande parte da economia de um país capitalista, que tenta crescer seguindo a regra do consumo. Não são só os vinte centavos da passagem de seus funcionários que pesam no seu bolso, mas sim todos os impostos pagos por sua empresa.
Os empresários pagaram taxas e juros altíssimos esperando faturar mais à frente com os eventos mundiais que serão realizados no Brasil. Mas no final ficou tudo no 0x0, pois o custo de vida no Brasil aumentou absurdamente nos últimos anos.
Não precisamos ser especialistas em finança formado em Harvard para percebermos que, nós empresários, batalhamos muito para no final não ganhar. Os mais desligados com a vida financeira de sua empresa não percebeu que enquanto faturava com todas as conquistas do Brasil, estava pagando mais impostos.
Como disse um empresário no ramo de gráfica, que tive o prazer de iniciar uma amizade após o curso Empretec do Sebrae: “Faturei muito com a Copa das Confederações, mas não consegui ver o dinheiro, o custo para fabricar e entregar o produto também aumentaram. Não tive crescimento!”
Em resumo, desde o início dos protestos o único comunicado do governo para os empresários foi um pedido para liberar mais cedo os funcionários que trabalham nas regiões que estão tendo os protestos. E quem paga pelo custo da baixa na produção? Os empresários! Sendo assim, libere os seus funcionários mais cedo e vamos nos unir na reconstrução real da nossa nação.
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