segunda-feira, 4 de março de 2013

Fusão e Aquisição

A estratégia de Fusões e Aquisições é realizada há anos por empresas de vários tamanhos, setores e nacionalidades no intuito de expandir o seu mercado. Os motivos para a realização desta estratégia são vários, mas os mais conhecidos são três:

1-Racionalização da Produção: esse motivo é muito usado para empresas que querem aumentar sua produção, sem afetar sua receita. Desta forma, grandes indústrias se unem com empresas de menor porte para atender a sua demanda. Um exemplo disso, é a fusão de três fábricas da Coca-Cola Brasil que, segundo reportagem do Jornal Valor (20/12/2012), "a nova empresa terá 15 mil funcionários, 13 fábricas e 23 centros de distribuição, com produção de 2,3 bilhões de litros da bebida. O faturamento combinado das três companhias hoje é de cerca R$ 6 bilhões".

2- Entrada em Novos Mercados: quando uma empresa deseja aumentar o seu portifólio (ou seja, a sua área de atuação) muitas organizações preferem adquirir outras empresas já conhecidas no mercado. É por isso que a farmacêutica Britânica GlaxoSmithKline (GSK) comprou a Stiefel por US$2,9 bilhões e ainda assumiu suas dívidas estimadas em US$400 milhões. Isso para garantir a entrada da GSK no mercado Derma, já que a Stiefel é especializada em produtos dermatológicos.

3- Aumentar o número de Consumidores: todas as empresas tem o objetivo de aumentar a sua participação no Mercado (Market Share), e isso só ocorre aumentando o número de consumidores da sua marca. Por este motivo, a DrogaRaia (grande rede de farmácia de São Paulo que tem o objetivo de entrar no Rio de Janeiro) se uniu a Drogaria Pacheco (grande rede de farmácia do Rio de Janeiro que tem o objetivo de entrar em São Paulo).

Um outro exemplo é a aquisição da Schering Plough por US$ 41,1 bilhões pela sua concorrente americana Merck. Assim, a Merck garante a liderença mundial e ainda elimina uma parte da concorrência.  

E o Brasil cresce em número de Fusões e Aquisições
Segundo a consultoria Ernest & Young Terco o Brasil ocupa a posição 34 no ranking de maturidade em fusão e aquisição (Fonte: M&A Maturity Index 2012). Em relação ao ano anterior, o Brasil subiu 2 posições no ranking; ainda segundo a consultoria, isso ocorre pelo aumento nos investimentos no setor de Tecnologia e Inovação aqui no Brasil.

Mas além da nossa capacidade tecnológica, o que faz uma empresa de outra nacionalidade se interessar por empresas brasileiras são as nossas regulamentações, política, o momento econômico em que o Brasil se encontra, capacidade socioeconomica e os nossos ativos.  

Mas e o consumidor? Como fica no meio destas mudanças?
Uma das consequências de uma Fusão e/ou Aquisição é a melhor prestação de seus serviços ao consumidor. Mas infelizmente algumas Aquisições e Fusões gera monopolismo, que é péssimo ao Consumidor.

O monopólio é uma situação quando uma empresa detém o mercado de um determinado produto ou serviço, impondo seus preços aos consumidores. Para combater a situação do Monopólio o Conselho Administrativo de Defesa Econômico (CADE) regula as Fusões e Aquisições feita aqui no Brasil.

Um outro orgão que trabalha para diminuir o impacto negativo ao consumidor é o Procon. Ele garante que a prestação de serviço aos consumidores de ambas as empresas continue mesmo durante o processo de Aquisição ou Fusão.

  

Ligia Galvão

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