domingo, 20 de abril de 2008

Empregabilidade na era dos global players brasileiros

A empregabilidade é essencialmente a capacidade de gerar receita do ponto de vista da "Você S./A.". Pois cada ser humano no mercado de trabalho pode ser considerado uma empresa que precisa investir em desenvolvimento de negócios e pesquisa e desenvolvimento para refinar a sua oferta de serviços profissionais para as empresas, ou seja, seu cliente ou empregador.

Falamos bastante sobre a necessidade de mudança para os empresários e para as empresas investirem em desenvolvimento dos seus recursos humanos. De outro lado, os "recursos humanos" como "Você S./A." com filhos tem um desafio de "preparação da nova geração". As linhas de raciocínio e os desafios que discutimos para os empresários desta forma também se aplicam para os funcionários e executivos profissionais e as suas famílias.

O fato de as empresas brasileiras, ao longo do tempo, assimilarem cada vez mais os "padrões internacionais" de gestão significa que os profissionais vão precisar conhecer estes padrões e, mais importantes, saber trabalhar com eles.

Em empresas muito inovadoras no mundo, 20% da receita é investida em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços. Quanto da nossa receita pessoal como profissionais deveríamos investir em nossa própria pesquisa e desenvolvimento? Senão medido pelo custo, qual percentagem do nosso tempo deveríamos investir em adquirir novas competências ou refinar as nossas competências existentes? Cada um precisa decidir isto para si mesmo, mas vale a pena pensar mais sobre isto.

Algumas dicas concretas para o desenvolvimento pessoal e profissional na era dos global players brasileiros poderiam ser:

  • Definição dos seus valores e objetivos na própria vida: o que é importante para mim, e o que eu gostaria de ser e fazer? Quanto estou comprometido a investir na obtenção desta visão pessoal e profissional?
  • Considerar aconselhamento e mentoring pessoal sobre a empregabilidade e o desenvolvimento de novas competências pessoais e profissionais.
  • Estudar idiomas com objetivos de fluência concretos dentro de um espaço de tempo definido.
  • Passar um tempo no exterior - especialmente quando ainda jovem - trabalhando em uma empresa de ponta, ou fazer um programa de desenvolvimento de executivos em uma das escolas de gestão renomadas no exterior: refinar o conhecimento de idiomas, desenvolver capacidade e auto-estima para trabalhar em equipe com outros executivos internacionais, além de aprender métodos e conhecimentos de gestão modernos.
  • Fazer cursos de negociação internacional.
  • Desenvolver e manter uma rede de contatos internacionais, procurando o intercâmbio de experiência e amizade.
  • Ler jornais internacionais na internet ou bibliografia estrangeira no original adicionalmente à leitura brasileira.

O mais importante é começar, pois nós somos os mestres do nosso próprio destino.

Fonte: Este texto foi retirado do livro "A Globalização Brasileira - A conquista dos mercados mundiais por empresas nacionais, do autor Gerhard Urbasch. Negócio Editora - Elsevier.

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